A inclusão social por meio do esporte é um dos objetivos do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas). Pensando em oferecer novas oportunidades para as crianças atendidas, o Serviço de Convivência do Juvenópolis, localizado no bairro Bebedouro, está oferecendo aula de Kung Fu para os pequenos.

Cerca de 30 crianças, com idade de 4 a 10 anos, participam das atividades do grupo de Kung Fu, que incluem alongamentos, treinamentos de gesto técnico da arte marcial, além de aprender sobre a cultura oriental, de onde surgiu a prática.

O professor de Kung Fu, Henrique Pereira Costa, trabalha com grupos de crianças há mais de 12 anos. Há dois meses, iniciou a ação voluntária no Serviço de Convivência. Ele contou que a ideia foi bem aceita pelas crianças e ressaltou a importância desse tipo de atividade como ferramenta de ensino.

“A importância se dá no âmbito de a gente conseguir trabalhar a parte cognitiva das crianças, assim como a disciplina e os exercícios físicos, o que evita a incidência do sedentarismo entre elas. Com esse conjunto, a gente consegue transferir conhecimento e normas para eles, o que faz com que o Kung Fu se torne uma ótima ferramenta de ensino, que desde do início vem sendo bem aceita pelo grupo”, declarou o professor.

A pequena, Amanda da Silva, 10 anos, está praticando o Kung Fu há dois meses. Ela garante que ficou mais esperta com a atividade.

“As aulas são sendo muito divertidas, além da gente aprender a luta a se defender, também brincamos e ficamos mais espertos, com os treinamentos. Eu mesmo, gosto de treinar os golpes e as movimentações e pretendo continuar com os ensinamentos do professor", disse Amanda.

Além do Kung Fu, as crianças também participam de outras práticas desportivas como o futebol, xadrez, damas, handebol e vôlei. A coordenadora do Serviço de Convivência, Andrea Queiroz, falou das necessidades sociais das crianças e jovens assistidos pelo equipamento social.

“A grande maioria dos jovens daqui vivem em um nível de vulnerabilidade social muito alto. São crianças que por vezes não têm o que comer em casa, ou qualquer atividade para fazer. Então, o nosso objetivo é aproximá-los da sociedade e dar um direcionamento às famílias. Assim trabalhamos os temas sociais e do contexto em que vivem", pontuou a coordenadora.