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Transformação digital e cidadania

Nos últimos anos, as agendas governamentais de todo o mundo têm se voltado para a transformação digital. Afinal, é um tema fundamental para o desenvolvimento das nações em diversos aspectos, e no Brasil não é diferente. Especialmente pelo fato de termos a 4ª população mais conectada do planeta, mas estarmos apenas na 44ª colocação entre os governos digitais.
Claramente há um potencial imenso a ser desenvolvido, que traz consigo desafios de igual porte - entre eles a percepção da relevância do tema, para que seja priorizado nos investimentos e ações governamentais. Além disso, é preciso capacitar todo o conjunto de servidores e colaboradores com habilidades de transformação digital, instruindo sobre os benefícios e a implementação de uma estratégia consistente.
Também é necessário promover parcerias entre órgãos e assessorias relacionados ao tema, tornando a transformação digital uma pauta mais estratégica, estabelecendo uma comunidade fortemente engajada neste movimento, que tende a trazer benefícios para todos os envolvidos.
Por sinal, o tema não é novo, pois o decreto 10.332 de abril de 2020 instituiu a Estratégia de Governo Digital, coordenada pela Secretaria Especial de Modernização do Estado (SEME) da Secretaria-Geral da Presidência da República e a Secretaria de Governo Digital (SGD) do Ministério da Economia. São mais de dois anos em que essa iniciativa está em andamento, mas muito ainda precisa ser feito, pois o país entrou nessa jornada com pelo menos 15 anos de atraso em relação a outros países mais desenvolvidos.
Essa relevante discussão está sendo abordada pelo I Prêmio IRB de Monografias, com a temática "Os Desafios para as Instituições Públicas no Mundo Digital", promovido pelo Instituto Rui Barbosa (IRB), com inscrições até o dia 30 de novembro e premiações em dinheiro para os três primeiros colocados. Ao incentivar o debate sobre essa problemática, o Instituto Rui Barbosa se propõe a contribuir para que seja colocada em prática uma visão de governo do futuro, com qualidades fundamentais como a integração, a transparência e a eficiência, centradas no cidadão.
Por Edilberto Pontes/Presidente do Instituto Rui Barbosa (IRB)